terça-feira, 10 de agosto de 2010

Biofísica da Visão - Olho e Máquina fotográfica


Olho e máquina
O olho humano tem os mesmos princípios que uma máquina fotográfica. E o cérebro tem a função de reprojetar a imagem obtida pelo olho humano, fornecendo a visão real do objeto.
A coróide possui células pigmentadas responsáveis pela coloração dos nossos olhos.
Comparando a máquina fotográfica, a coróide faz o papel da câmera obscura, que absorve o excesso de luz que possa entrar na máquina através do seu diafragma (correspondente a pupila do olho).
E na porção anterior do globo, através da córnea, transparente e que funciona como um filtro que proteger a lente, pode-se ver uma área circular da coróide, que nesse ponto é mais fina e recebe o nome de íris. No centro da íris há um orifício circular – a pupila, com capacidade de aumentar ou diminuir seu diâmetro, regulando assim a quantidade de luz que penetra nos olhos, é como o diafragma da máquina fotográfica.
O cristalino, corpo em forma de lente biconvexa fica situado logo atrás da íris e da pupila, e o espaço que fica entre o cristalino e o fundo do olho é preenchido por um material gelatinoso e transparente chamado humor vítrio; e entre a córnea e a íris se situa o humor aquoso, ambos responsáveis pela refração de luz e se comportam como uma única lente convergente, que produz do objeto observado uma imagem real, invertida e reduzida; que será nítida quando recair sobre a retina.
Porém, quando o objeto se aproxima do olho, os músculos ciliares comprimem o cristalino, diminuindo o raio de curvatura de suas faces, ocasionando uma diminuição na distância focal, ou seja, haverá uma distância do objeto ao olho ainda permitindo uma visão nítida.
A luz penetra nos olhos, atravessa todos os seus segmentos e deve projetar-se na retina, precisamente na macula lútea (situado no fundo do olho -onde a imagem será projetada pelo cristalino, funciona como o filme da máquina). Nesse ponto a, a luz atravessa toda a estrutura da retina e vai se refletir na camada pigmentada (última camada da retina e que a separa da coróide). Só então, ela irrita os cones e bastonetes, responsáveis pela distinção das cores, que desenvolvem um impulso nervoso (potencial de ação).
O impulso nervoso que leva ao cérebro as impressões provocadas pelas radiações luminosas é rigorosamente processado ou analisado nos centros da visão e de associação de dados do córtex cerebral.
Disso resulta a noção de visão e a interpretação da imagem dentro de certa lógica. Às vezes, os dados que chegam ao cérebro tornam-se difíceis de serem analisados e, nessa condição, o indivíduo tem as chamadas “ilusões de óptica”.

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