segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TERREMOTOS


O QUE SAO: É um movimento brusco e repentino do terreno resultante de um falhamento. Portanto, a ruptura da rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido.
As rochas comportam-se como corpos elásticos e podem acumular deformações quando submetidas a esforços de compressão ou de tração. Quando este esforço excede o limite de resitência da rocha esta se rompe ao longo de um plano, novo ou pré-existente de fratura, chamado FALHA.
ORIGEM: A quase totalidade dos terremotos tem origem tectônica, isto é, estão associados a falhamentos geológicos. Entretanto, terremotos podem ser também ocasionados por atividades vulcânicas ou pela própria ação do homem que, neste caso, recebe a denominação de sismos induzidos. Como exemplos significativos temos
os sismos produzidos por explosões nucleares ou gerados
pela criação de grandes reservatórios hidrelétricos.
ONDAS SISMICAS: Parte da energia potencial acumulada sob a forma de deformação nas rochas, é liberada através de ondas sísmicas que partem do ponto inicial de ruptura e se propagam em todas as direções. Essa região confinada em subsuperfície onde se originam as ondas é chamada de Foco ou hipocentro. Sua projeção até a superfície do globo terrestre corresponde ao Epicentro do terremoto.As ondas sísmicas se propagam com velocidade e características definidas por propriedade do meio por onde passam. Elas se classificam como Ondas Internas quando se propagam pelo interior da Terra (Ondas de Corpo) e como Ondas de Superfície quando se propagam próximo à superfície terrestre. No primeiro caso temos as Ondas P e S e no segundo caso temos as ondas Love e Rayleigh.
Tipos de ondas sísmicas: Onda P ou Primária, Longitudinal ou Compressional-dilatacional: A onda sonora é um exemplo de onda P. É mais rápida e consegue se propagar em todos os meios. As vibrações de partículas são paralelas à direção de propagação da onda e corresponde a sucessivas compressões e dilatações do meio por onde passam.Onda S, Secundária, Transversal ou Cisalhante: Não consegue se propagar no meio líquido (pastoso). As vibrações de partículas seguem movimentos cisalhantes que são perpendiculares à direção de propagação da onda.
*EFEITO DAS ONDAS SISMICAS:Na crosta terrestre, a velocidade média das ondas P é de aproximadamente de 5 km/s e da Ondas S é cerca de 3 km/s. As ondas de superfície são mais lentas e sua penetração em profundidade depende de seu comprimento de onda. O tempo aproximado que uma onda P leva para atravessar diametralmente a Terra é de aproximadamente 20 minutos. O terremoto do Chile de 1960 (magnitude 8,0 MS ou 9,5 Mw) liberou tanta energia que as ondas superficiais continuaram sendo registradas durante 60 horas após o evento.
ESCALA RICHTER: A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no sul da Califórnia, utilizando um equipamento específico - o sismógrafo Wood-Anderson. Após recolher dados de inúmeras ondas sísmicas liberadas por terremotos, criaram um sistema para calcular as magnitudes dessas ondas. A história não conservou o nome de Beno Gutenberg. No princípio, esta escala estava destinada a medir unicamente os tremores que se produziram na Califórnia (oeste dos Estados Unidos).
Apesar do surgimento de vários outros tipos de escalas para medir terremotos, a escala Richter continua sendo largamente utilizada.
É uma escala logarítmica: a magnitude de Richter corresponde ao logaritmo da medida da amplitude das ondas sísmicas de tipo P e S a 100 km do epicentro.
A fórmula utilizada é ML = logA - logA0, onde:
A = amplitude máxima medida no
sismógrafo
A0 = uma amplitude de referência.

Assim, por exemplo, um sismo com magnitude 6 tem uma amplitude 10 vezes maior que um sismo de magnitude 5. Porém, o sismo de magnitude 6 liberta cerca de 31 vezes mais energia que o de magnitude 5.
Um terremoto com magnitude inferior a 3,5 é apenas registrado pelos sismógrafos. Um entre 3,5 e 5,4 já pode produzir danos. Um entre 5,5 e 6 provoca danos menores em edifícios bem construídos, mas pode causar maiores danos em outros.
Já um terremoto entre 6,1 e 6,9 na escala Richter pode ser devastador numa zona de 100 km. Um entre 7 e 7,9 pode causar sérios danos numa grande superfície. Os terremotos acima de 8 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a várias centenas de quilómetros. Na origem, a escala Richter estava graduada de 0 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam impossíveis na Califórnia. Mas teoricamente não existe limite superior ou inferior para a escala, se consideradas outras regiões do mundo. Por isso fala-se atualmente em "escala aberta" de Richter.
SISMOGRAFOS: Um sismógrafo é um aparelho que os cientistas usam para medir terremotos. O objetivo de um sismógrafo é gravar com exatidão o movimento do chão durante um terremoto. Se você vive em uma cidade, deve ter notado que às vezes os prédios tremem quando um grande caminhão ou o metrô passa nas proximidades. Sismógrafos eficazes são, portanto, isolados e conectados a uma rocha para previnir esse tipo de "poluição de informações".
O principal problema ao criar um sismógrafo é que ele não trema quando o chão treme. Portanto, a maioria dos sismográficos é isolado de alguma forma. Você pode fazer um sismógrafo muito simples pendurando um peso em uma corda sobre uma mesa. Amarrando uma caneta ao peso e colocando na mesa um pedaço de papel para que a caneta possa rabiscar o papel, você pode gravar os tremores da terra (terremotos). Se usar um rolo de papel e um
motor que lentamente puxe o papel sobre a mesa, você poderá gravar os tremores diversas vezes. Contudo, seria preciso haver um grande tremor. Em um sismógrafo real, alavancas ou equipamentos eletrônicos são usados para ampliar o sinal, detectando assim os pequenos tremores. Um peso de 450 kg ou mais é anexado a um grande sismógrafo mecânico, e há diversas alavancas que ampliam significativamente o movimento da caneta.
TSUNAMIS: Um tsunami é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, actividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. Há quem identifique o termo com "maremoto" — contudo, maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de facto originar um(a) tsunami.
A
energia de um tsunami é função de sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta à medida que a sua velocidade diminui. Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição.

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